Instituto de Criminalística

O Instituto de Criminalística Perito Dely Ferreira da Silva, começou como departamento Técnico-Científico da Polícia Civil do Estado de Alagoas, criado pela Lei nº 4677 de 27 de junho de 1985. O motivo da criação foi o aumento da diversidade de crime, os quais eram investigados desde a década de 70 pelo Serviço de Polícia Técnica, sendo o cargo de perito criminal criado em 1986, através da Lei estadual nº 4869 de 29 de dezembro. Apenas em 1988 foram nomeados os dois primeiros peritos oficiais do Estado.

Em 08 de janeiro de 2003, através da Lei Delegada nº 01, o Governo desvinculou o departamento da Polícia Civil e criou o Centro de Perícias Forenses do Estado de Alagoas, constituído pelo Instituto Médico Legal, Instituto de Identificação e o Instituto de Criminalística Perito Dely, que passou a ser dirigido por Peritos Criminais de carreira.

A escolha do nome se deu como forma de homenagear aquele que foi um dos primeiros a atuar na profissão e também um dos mais experientes peritos que o Estado já possuiu.

No texto, “Pra quê proteção melhor?”*, o jornalista e também perito criminal, Ailton Villanova, em seu blog, descreve o finado perito Dely Ferreira da Silva como “testemunha de muitos casos ocorridos no território alagoano”.  Segundo Villanova, em “meados da década de 40”, Dely já se “enfronhava no barato da peritagem”. “Dely só não fez o levantamento de local da matança de Angicos porque a circunscrição era outra. Pertencia ao estado de Sergipe”.

Da época do início das atividades ainda enquanto departamento até os dias atuais, o Instituto de Criminalística Perito Dely Ferreira da Silva, cresceu e tornou indispensável no fornecimento de provas técnicas sobre locais, coisas, objetos, instrumentos e pessoas para a instrução de processos criminais na Justiça alagoana.

Assim, compete ao IC à realização de exames periciais, pesquisas e experiências no campo da Criminalística (informática, engenharia, reconstituições, balística, documentoscopia, impressões latentes, disparo, ambiental, fonética etc.), levantamentos topofotográficos e papiloscópicos nos locais de crime e em sinistros envolvendo patrimônio público.

Os peritos do Instituto de Criminalística atuam em ocorrências de mortes violentas e por acidentes. Na cena do crime, eles trabalham descrevendo as circunstâncias em que se encontra o cadáver e coletando materiais para exames complementares de laboratório. Eles são responsável por examinar todos os vestígios materiais deixados em cenas de crimes, como armas, drogas, impressões digitais, materiais para exame de DNA e documentos, tudo aquilo que auxilie na investigação do crime para o promotor oferecer denúncia e o juiz ser convencido a aplicar sentença ao acusado.

Os peritos também trabalham fazendo o confronto de projéteis extraídos e coletados no local da ocorrência com a arma apreendida. O resultado positivo dá a prova de que um determinado indivíduo é suspeito do crime. Na análise de vestígios coletados, o perito ainda irá dizer como o evento ocorreu, qualificando-o.

Nos casos de acidentes de trânsito, a perícia do IC só vai ao local quando há morte. Os peritos criminais dão o laudo mostrando com exatidão quem deu causa ao acidente. O Instituto de Criminalística também realiza exames em documentos para verificar autenticidade ou falsificação, exames em armas, constatação em drogas como maconha, cocaína e crack, exames em material de informática e exames em veículos para comprovar adulteração.

O Instituto de Criminalística de Alagoas teve aprovado, junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), um projeto do Pronasci que prevê a compra de equipamentos de laboratório toxológico no valor de R$ 2 milhões, investimento que vai facilitar o trabalho dos peritos e contribuir para a elucidação de crimes ocorridos no Estado. Os novos equipamentos também irão contribuir para o trabalho no Instituto Médico Legal e Instituto de Identificação que, juntos, formam o Centro de Perícias Forenses de Alagoas (CPFor).

Além desses recursos, o IC vai receber materiais como luzes forenses, lâmpadas e lanternas portáteis que permitem visualizar e definir substâncias como sangue, saliva, esperma e pelos em geral. Com esse material, também será possível ver pegadas que criminosos tentaram apagar e fibras em vestes de suspeitos de crimes.

*Publicado no blog do jornalista Ailton Villanova em 14/08/2011 no site www.tribunahora.com.br

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