Na ação coordenada pelo Gaesf foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em 4 cidades de Alagoas
Texto Ascom POLC com Ascom MPE/AL
Se na série de livros de Harry Potter, o Beco Diagonal refere-se a uma rua comercial com diversas lojas do mundo mágico. Hoje (06), em Alagoas, a via fictícia, deu nome a uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), e que contou com a participação da Polícia Científica de Alagoas.
A operação Beco Diagonal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió – de Combate ao Crime Organizado - em desfavor de empresas e pessoas físicas integrantes de uma Organização Criminosa (ORCRIM) nas cidades de Flexeiras, Maceió, Marechal Deodoro e Palmeira dos Índios. Em alguns desses locais, equipes do Instituto de Criminalística estiveram presentes em pelo menos 4 alvos para garantir a preservação e cautela das provas técnicas na operação.
Wellington Melo, chefe do IC e os peritos criminais Charles Almeida e Ivan Excalibur do setor de informática
De acordo com Wellington Melo, chefe do IC, os peritos criminais realizaram buscas por dispositivos de informática em 4 empresas. Esses equipamentos eletrônicos podem conter importantes evidências digitais, que farão parte do inquérito policial que investiga a ORCRIM responsável por movimentar, fraudulentamente, mais de R$ 44 milhões de reais, tendo praticado, em tese, os crimes de Organização Criminosa, Falsidade Ideológica e Lavagem de Bens dentre outras fraudes.
“A presença da perícia criminal nessas operações é de extrema importância, pois durante acompanhamento, nossas equipes atuam para garantir a preservação dos vestígios digitais/cibernéticos, evitando alteração ou perda de dados, seja por acesso indevido ou por manuseio inadequado, e para robustecer o início da cadeia de custódia desse material. Além disso, realizamos uma triagem visando a otimização das investigações, possibilitando mais celeridade e economia de recursos públicos”, explicaram os peritos criminais que irão ainda analisar os equipamentos no laboratório de informática do IC.
A pedido do Ministério Público (Gaesf), a 17ª Vara Criminal da Capital bloqueou diversos imóveis, veículos, contas-correntes e outros ativos em nome dos integrantes da Orcrim. Nesta primeira fase estão envolvidas (direta e indiretamente) 11 empresas e 10 pessoas físicas, além de laranjas e testas de ferro. Vale evidenciar que, pelo menos, um dos envolvidos já teria sido condenado por roubo de cargas.
O MP confirmou que 8 desses investigados, passarão a ser monitorados por meio do uso de tornozeleiras eletrônicas, por determinação do 17ª Vara Criminal da Capital. Além da Polícia Cientifica, a operação coordenada pelo Gaesf, contou com a participação da Secretaria da Fazenda (Sefaz/AL), da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Segurança Púbica (SSP/AL), das polícias Civil e Militar, da Polícia Penal, todos de Alagoas.